O professor de História Samuel Paty, decapitado na França - Foto: Reprodução/Twitter

Por Plinio Teodoro, da Revista Fórum

Após identificar o jovem de 18 anos que decapitou o professor de História, Samuel Paty, do colégio Bois d’Aulne, no subúrbio de Paris, na tarde desta sexta-feira (16), a polícia da França caça o autor de um tuíte que mostrava a foto do docente com uma ameaça ao presidente Emmanuel Macron. O usuário responsável encerrou sua conta e o objetivo policial é descobrir qual sua relação com o homicídio.

A agência de notícias France-Presse (AFP) relata que a fotografia era acompanhada por uma mensagem destinada ao presidente da França, Emmanuel Macron, enquanto “líder dos infiéis”. “Executei um dos cães infernais que ousou menosprezar Muhammad [o profeta Maomé]”.

Em declaração à imprensa, Macron, disse que o assassinato foi um “ataque terrorista islâmico”.

“Um dos nossos compatriotas foi morto hoje porque ensinou […] a liberdade de acreditar e não acreditar”, disse, no local do crime, à frente do colégio Bois d’Aulne.

Paty teria sido assassinado por mostrar uma das caricaturas do semanário satírico Charlie Hebdo, durante uma aula sobre liberdade de expressão.

Assassino

O autor do assassinato é de origem chechena, nascido em Moscou e já era conhecido dos serviços de informação da polícia francesa por praticar pequenos delitos.

Segundo testemunhas, ele teria gritado “Allahu Akbar” (“Deus é grande” em árabe), ao ser abatido a tiros pela polícia, a 200 metros de onde se encontrava o corpo, nos arredores da escola. Ele teria ameaçado os policiais, que teriam reagido.

Até o momento, nove pessoas foram detidas para interrogatório, inclusive dois pais de alunos, entre eles o autor do vídeo. Quatro presos preventivamente são familiares do autor do crime.