Juliana Tavares
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Médica, oncologista, com especialização em cuidados paliativos.
Embebendo-se de natureza e de curiosidade literária, forjou uma maneira autêntica de traduzir o mundo em poemas
“Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Crie outros, para visões novas”.
(Cecília Meireles)
Eu acredito que a dor pode transformar a inércia em ação. Por isso, tive dias intensos nas últimas semanas. Quando estou alegre sou vitrine e brilho. Mas...
Depois de tantos tropeços me sinto com a alma calejada. A felicidade infantil, para a adulta de hoje, não cabe mais
Somos seres sentimentais. O coração é a terra. A poesia é a semente. O que estiver nascendo florescerá nos nossos corações
O sentimento de felicidade pode vir de um cheiro de chuva, do cheiro de um arroz fresco em cima do fogão ou ainda da luz do dia que cai sobre um canto da sala
E eu? Terei a coragem de assumir a mudança e demonstrar as minhas fragilidades?
Falar de aceitação da morte quando ela se torna inevitável não é uma derrota e sim um privilégio
“Aqui no litoral de São Paulo a gente esquece disso. Tá todo mundo sisudo olhando pro relógio e nem percebe se faz sol ou chuva”
A história de João Cândido, um pescador que viu o rosto da morte em várias ocasiões, mas conseguiu sobreviver