Bandidos furtam sede de projeto social, defecam, preparam lanche e deixam prejuízo de R$ 15 mil em São Vicente (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

A sede do projeto social ‘Mulheres que Empreendem’, no Centro da Cidade de São Vicente, foi alvo de furto de bens e mercadorias com prejuízo estimado de R$ 15 mil. A idealizadora Camila Noevo, de 27 anos, contou que foi surpreendida pela ação dos criminosos que quebraram vidros de janela e portas, fizeram cocô no corredor e ainda tomaram um café durante o crime.

Segundo Camila, a data da ação dos bandidos é incerta, mas ocorreu entre sexta-feira (26) e segunda-feira (29). Ela e o marido descobriram o furto ao visitar o local no período noturno. Na ação, além dos bens e mercadorias, cerca de 20 cestas básicas foram furtadas.

“Eu já tinha visto alguns objetos nossos pelo corredor. Abri o portão e, conforme a gente foi caminhando, já tinha esses objetos e estava um odor muito forte de fezes”, disse. Ela conta que não fez imagens da situação, pois imediatamente jogou água para limpar o local.

Já dentro do imóvel, a empreendedora percebeu que a luz do banheiro na parte superior estava acesa, fazendo com que eles suspeitassem que o bandido ainda estivesse por lá. “Quando a gente subiu, nos deparamos com as portas abertas, janelas quebradas e tudo revirado”. Ela acredita que os bandidos ficaram bastante tempo por lá.

“Até tomaram café lá. A gente tinha leite em pó, café e achocolatado, eles fizeram e tomaram. Deixaram a sujeira lá […] Bastante audaciosos e com bastante tempo. Não estavam preocupados que alguém poderia chegar”.

Bandidos reviraram produtos e furtaram bens e mercadorias estimadas em R$ 15 mil do projeto social 'Mulheres que Empreendem' em São Vicente (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
Bandidos reviraram produtos e furtaram bens e mercadorias estimadas em R$ 15 mil do projeto social ‘Mulheres que Empreendem’ em São Vicente (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Projeto social

O projeto ‘Mulheres que Empreendem’ oferece cursos de capacitação, assistência profissional e emocional, além de ser um espaço colaborativo às empreendedoras. “Somos uma rede dedicada ao empreendedorismo feminino, onde unimos nossas forças e habilidades para buscar propósitos em comum”.

Agora, Camila explicou que ela e as cerca de 100 empreendedoras que são beneficiadas com o projeto, ficaram sem recursos para recomeçar, porque algumas equipamentos usados para a prestação dos serviços foram levados.

“A gente se sente bem chateada porque foi uma construção ao longo desses dois anos de projeto. […] Estamos frustrados também, né? Porque são sonhos que a gente levou tempo para construir”, disse.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.