Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte causada pela Varíola dos Macacos no Brasil. O óbito foi registrado na cidade de Uberlândia (MG) e, segundo o informe da pasta, era um homem com baixa imunidade. 

Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou os primeiros casos da doença em crianças. O estado paulista é a região que concentra o maior número de infectados, com 744 ao todo. 

De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, publicada nesta quarta-feira (27), o Brasil tinha 978 casos confirmados de varíola dos macacos, em 15 estados e no Distrito Federal. 

Varíola dos macacos: “Avanço do vírus no Brasil é muito preocupante”, diz OMS

A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à Varíola dos Macacos, Rosamund Lewis, declarou nesta terça-feira (26), durante entrevista coletiva, que o avanço do vírus no Brasil é “muito preocupante”. 

“Certamente é muito preocupante para países como o Brasil, de população tão grande, geograficamente grande, e agora também relatando um número significativos de casos”, disse Rosamund. 

Além disso, a representante da OMS também atentou para o fato de que pode estar ocorrendo uma subnotificação de casos por falta de testes e pediu que as autoridades brasileiras atuem de acordo com a emergência sanitária de interesse internacional, decretada pela Organização Mundial da Saúde no último sábado (23). 

OMS declara Varíola dos Macacos emergência global

A varíola dos macacos foi declarada neste sábado (23), como emergência de saúde global pela OMS.

Já foram relatados mais de 16 mil casos em 75 países, de acordo com o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, segundo a BBC.

“Decidi declarar uma emergência de saúde pública de alcance internacional”, disse Tedros em entrevista coletiva, afirmando que o risco no mundo é relativamente moderado, exceto na Europa, onde é alto.

Tedros informou ainda que, com as ferramentas disponíveis, será possível controlar o surto e parar a transmissão.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).