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Logo após as celebrações do feriado de Carnaval, os relatos de pessoas com os sintomas da Covid-19 aumentaram na Baixada Santista. Itanhaém foi quem teve a maior incidência de casos, com 68 registrados em janeiro e 319 em fevereiro, o que representa crescimento de 369%.

Na sequência, vem Guarujá, com um crescimento de 328% no número de casos confirmados da doença, saltando de 21 para 90. Em Santos, foram registrados 67 em janeiro e 267 em fevereiro, aumento de 268%. Já São Vicente teve um crescimento de 160%, com números que foram de 55 para 143, com quatro óbitos no bimestre.

Cubatão, por sua vez, registrou 191 casos e duas mortes nos meses de janeiro e fevereiro. Em Mongaguá, foram 99 e, em Bertioga, 153. A prefeitura de Praia Grande informou que interrompeu o levantamento do número de casos após o decreto do fim da pandemia.

De acordo com a infectologista Elisabeth Dotti, o crescimento dos casos já era esperado devido ao Carnaval. “É natural que tudo isso fizesse aumentar o número de casos, que o vírus começasse a circular mais. Você não vai andar de máscara e com álcool em gel num bloco de Carnaval”, explica.

Segundo a infectologista, agora, a tendência é que os casos continuem a aumentar. O crescimento é explicado pelo comportamento da população, que, após a vacinação em massa, acabou deixando de lado alguns cuidados básicos como uso de máscara em unidades de saúde, farmácias e ônibus de viagem, por exemplo.

“Aqueles cuidados valem, sim, para ambientes fechados em que você tenha um potencial risco [de se contaminar]. A máscara veio para ficar, não do jeito que ela era, mas em situações pontuais que são muito importantes”, diz.

Covid-19 e a dengue

A alta de casos de Covid-19 acontece ao mesmo tempo em que outra doença assola não só a Baixada Santista, como o restante do Brasil. A região tem 2.256 casos de dengue registrados até a manhã desta quarta-feira (6), de acordo com o painel de monitoramento do Governo do Estado. Bertioga é a cidade mais afetada, com 863 confirmações da doença.

Contrair os dois vírus em um curto período de tempo ou até mesmo os dois juntos pode ser debilitante para a imunidade, segundo explica Elisabeth. “Isso é bastante preocupante, porque a dengue é uma doença que mata. O coronavírus é uma doença que mata. Sozinhos, o efeito é menor. Juntos, o efeito potencializa”, afirma.

A infectologista ainda aponta a chikungunya como uma outra ameaça e a facilidade dos três vírus andarem juntos. A doença é causada por um vírus transmitido pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Os principais sintomas são edema e dor articular incapacitante.

Com informações do Santa Portal.