Foto: Reprodução/Band

Foi divulgado neste domingo (20), por meio de um boletim médico, que o quadro de saúde do apresentador Fausto Silva piorou e que ele precisa de um transplante cardíaco. Faustão continua sob cuidados intensivos.

O apresentador está internado desde o dia 5 de agosto, com um quadro de insuficiência cardíaca. Em junho de 2023, ele deixou o comando de seu programa na Bandeirantes após um ano e meio.

“Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, devido ao agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para auxiliar na força de bombeamento do coração”, diz o boletim médico divulgado neste domingo (20) e assinado pelos médicos Fernando Bacal e Miguel Cendoroglo Neto, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Em outro momento, o boletim informa que “Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regulada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para a definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso”.

O fato de que Faustão está na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber um novo coração pegou muita gente de surpresa. Pessoas que desconhecem que o serviço de transplante é feito apenas pela rede pública de saúde.

Como funciona

A política de transplante de órgãos no Brasil funciona a partir do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e, assim como o SUS, envolve as esferas federal e estadual.

  • É o Sistema Nacional de Transplantes que organiza, coordena, regulamenta e normatiza os transplantes no país.
  • O Sistema Nacional de Transplantes está vinculado ao Ministério da Saúde.
  • A Central Nacional de Transplantes funciona 24 horas por dia no Aeroporto de Brasília.
  • Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo.
  • 95% das cirurgias de transplantes são feitas no Sistema Único de Saúde.
  • Para entrar na lista de transplante, o médico deve inscrever o paciente. Ela funciona por ordem de chegada.
Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).