Foto: Agência Brasil

Não bastassem os constantes aumentos de combustíveis, da cesta básica, entre outros, em tempos de Jair Bolsonaro (PL), os planos de saúde deverão impor ao consumidor um valor adicional de R$ 128 por mês, em média.

O levantamento foi realizado pela CNN e leva em conta um plano de saúde com serviço hospitalar e ambulatorial, que custa R$ 800, valor médio, conforme informação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e projeção da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

As entidades acreditam que haverá aumento de 16% nos convênios médicos.

A ANS não soube precisar a data de quando o reajuste será anunciado. Porém, segundo o estatuto, o próximo índice oficial já pode começar a valer a partir deste mês de maio.

Após definição do valor, as operadoras começam a colocar em prática a partir do mês de contratação do plano. A base anual de incidência é de maio até abril do ano seguinte.

Esta será a maior alta já aprovada pela ANS no período de um ano. O maior aumento anual até agora foi de 13,57%, em 2016.

A agência destaca que o Brasil possuía 49 milhões de beneficiários de planos de saúde em fevereiro de 2022, contra 47,6 milhões no mesmo mês de 2021.

“No ano passado, as despesas médicas cresceram mais de 23%, enquanto as receitas cresceram apenas 9%. Somente em 2021, o prejuízo do setor foi de R$ 1 bilhão. Precisamos desse aumento para reequilibrar tonar mais sustentáveis”, tentou justificar o superintendente Executivo da Abramge, Marcos Novais, de acordo com reportagem de Lucas Janone, na CNN Brasil.

Variação de despesas e inflação é levada em conta

Entre os principais aspectos considerados para o aumento no preço, a ANS cita a variação das despesas assistenciais com atendimento aos beneficiários dos planos, variação por faixa etária e despesa das operadoras.

inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também é levado em conta para o reajuste.

Somente o aumento dos planos de saúde individuais é definido pela ANS. Nos planos coletivos, os reajustes são estabelecidos pelas operadoras.