Foto: Divulgação/Marinha

Com o objetivo de combater o tráfico de drogas e de armas nos portos dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, quase 2 mil militares da Marinha Brasileira desembarcaram nos respectivos ancoradouros. Para o Porto de Santos foram designados 350 fuzileiros navais. Os militares que desembarcaram na cidade chegaram no navio patrulha “Apa”.

A chegada dos militares e de 120 veículos integra a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação dos fuzileiros está prevista para um período de seis meses.

Principal escoadouro de drogas usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para enviar cocaína para a Europa, o Porto de Santos é alvo da facção paulista e rende ao menos R$ 10 bilhões por ano à organização criminosa, segundo informações do Portal Metrópoles.

Antes da GLO, a Marinha já atuava nos portos, porém limitava sua ação às inspeções navais, de caráter administrativo. A partir desta segunda-feira (6), por meio do decreto assinado por Lula, os militares poderão atuar com poder de polícia.

“No que tange aos portos, a lei complementar nos confere uma atuação limitada ao apoio logístico, de inteligência, comunicação e instrução. Então, para que ocorra o emprego de tropas nessas áreas, é necessário um decreto de GLO”, afirmou o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen.

Ação dos militares

Tal como os dois portos fluminenses onde estarão presentes os militares da Marinha, o Porto de Santos atrai facções criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas e armamentos, por causa de suas características de interligação que viabilizam o fluxo de mercadorias. Por isso, fuzileiros navais farão revistas pessoais em suspeitos e repressão a delitos.

A ação da Marinha contará, ainda, com troca de informações com as polícias Federal, Rodoviária Federal, Receita Federal e forças de segurança estaduais.