Marcos Caseiro - Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Santos vota, nesta quinta-feira (19), a entrega da Medalha Braz Cubas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medalha é considerada a maior honraria da Casa, concedida a pessoas que se destacam na comunidade.

O dr. Marcos Caseiro, que recebeu a medalha em 2002, por sua luta no tratamento aos pacientes portadores do vírus HIV, declarou, nesta quarta-feira (18), em suas redes sociais que, se caso Bolsonaro venha a receber a medalha, ele devolve a dele. “Não quero compartilhar uma honraria dessas com uma pessoa tão desprovida de caráter como esse ex-presidente”, afirmou Caseiro.

“Quero mostrar toda a minha indignação com a Câmara Municipal de Santos, que através de um vereador está propondo a entrega dessa honraria, que eu tenho, eu recebi em 2002, que é a medalha Braz Cubas”, afirmou. “E eu quero deixar publicamente manifestado meu repúdio a essa proposta de entregar essa honraria a essa figura que foi responsável claramente por esse excesso de mortes que nós tivemos por Covid no país, por desrespeitar os pacientes, debochando deles por falta de ar”.

Ao final, Caseiro reiterou que “se for concedida essa medalha e se ele vier a receber, eu entregarei esta que eu recebi em 2002 de volta pra Câmara. Eu não quero compartilhar uma honraria dessas com uma pessoa tão desprovida de caráter como esse ex-presidente. E viva a medicina”, encerrou.

Projeto deve ser aprovado

O projeto, apresentado pelo vereador Fábio Duarte (Podemos), tem recebido várias manifestações de repúdio nas redes sociais. A moção, no entanto, recebeu o apoio de dois terços dos vereadores durante a fase de debates.

Para ser aprovado, de acordo com as regras da casa, 14 dos 21 vereadores do Legislativo terão que votar a favor do projeto. Ou seja, com dois terços de aprovação da proposta, o ex-presidente receberá a honraria.