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Por Ivan Longo, da Revista Fórum

O Comitê de Segurança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), órgão que equivale à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, divulgou um comunicado, em que faz um alerta sobre os perigos que o uso da cloroquina e hidroxicloroquina pode oferecer. Entre os riscos citados, estão distúrbios psiquiátricos e até mesmo “comportamento suicida”.

A substância é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro contra o coronavírus, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) desautorizar o uso do medicamento no tratamento de Covid-19. Além disso, especialistas afirmam que o medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença.

No comunicado, a EMA informa que atualizou as recomendações sobre a cloroquina e a hidroxicloquina, após uma revisão, iniciada em maio deste ano, dos dados disponíveis sobre as substâncias.

“As perturbações psicóticas e o comportamento suicida estão listados nas informações de alguns medicamentos contendo cloroquina ou hidroxicloroquina, como efeitos secundários raros ou efeitos secundários que ocorrem com uma frequência desconhecida”, diz o texto.

Efeitos colaterais

“A revisão confirmou que distúrbios psiquiátricos ocorreram e às vezes podem ser graves, tanto em pacientes com ou sem problemas de saúde mental anteriores. Com base nos dados disponíveis, a revisão mostrou que, para a hidroxicloroquina, os efeitos colaterais podem ocorrer no primeiro mês, após o início do tratamento. Para a cloroquina, não havia dados suficientes para estabelecer um prazo claro”, completa a agência, recomendando a atualização das informações sobre os medicamentos que levam as substâncias.

Confira a íntegra do comunicado, em inglês, aqui.