Coronavírus na América Latina - Foto: Reprodução

Por Victor Farinelli, da Revista Fórum

A América Latina alcançou, nesta quinta-feira (23), a marca de 4 milhões de contágios por coronavírus. O número foi atingido 16 dias depois de se chegar à marca de 3 milhões (no dia 7 de julho). Os dados são do observatório da Universidade Johns Hopkins.

Em comparação com os pouco mais de 15,2 milhões de casos produzidos em todo o mundo, os números mostram que 26,6% estão na América Latina, o que a torna a terceira região mais atingida pela pandemia, atrás da Europa e da América do Norte – que tem 3,9 milhões de infectados só nos Estados Unidos.

O Brasil continua sendo o grande destaque negativo das estatísticas latino-americanas, já que, se não fosse pelo país governado por Jair Bolsonaro, com seus mais de 2,2 milhões de infectados, o quadro seria bem menos dramático.

Crise

Além de ter mais da metade dos casos, o Brasil ainda mostra uma crise de saúde muito maior que a dos demais, com quase sete vezes mais contagiados do que os três países que aparecem embolados no segundo lugar da região – o que inclui países com população bem menor, como Peru (366 mil casos) e Chile (com 338 mil casos, mas que já esteve na frente dos peruanos semanas atrás), mas também países com grande população, como o México (362 mil casos).

A quantidade de óbitos por Covid-19 na América Latina é de 173,9 mil, o que indica que a taxa de letalidade do vírus na região é de 4,3% (no resto do mundo é de 4,1%).

Já a quantidade de latino-americanos curados da doença é 2,7 milhões, o que significa que a taxa de recuperação é de 65,8% (no resto do mundo é de 56,8%).