Foto: Tatiana Fortes/Governo do Ceará

O Brasil pode estar prestes a enfrentar a terceira onda da pandemia do coronavírus e que, provavelmente, será “ainda mais grave”. O alerta foi feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A análise consta no boletim divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Observatório Covid-19. Os dados do estudo concluíram que a incidência da doença se mantém em um nível elevado no país, o que dá chance ao surgimento de novas variantes do coronavírus.

“A observada manutenção de um alto patamar, apesar da ligeira redução nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave”, disse o documento.

A preocupação com uma nova onda ganha espaço entre os gestores de saúde do país, que receiam por um “apagão” das vacinas, com a falta de insumos provocada pelo desabastecimento de vacinas no país, que pode aumentar a curva de contaminação, como, por exemplo, aconteceu com a CoronaVac.

Além disso, a ineficiência e a omissão do governo de Jair Bolsonaro têm causado inúmeros problemas em relação ao combate à disseminação da doença.

“Neste momento da pandemia cabe o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, aconselharam os pesquisadores. 

Readequação dos serviços

O boletim sugeriu, ainda, que a nova conjuntura da pandemia “pode permitir a readequação dos serviços de saúde, com atuação mais intensa dos serviços de Atenção Primária de Saúde, bem como o esclarecimento da população, empresas e gestores locais sobre a importância de se intensificar as práticas de proteção individuais e coletivas, como o uso de máscaras, higienização pessoal e de ambientes domiciliares”.

Os pesquisadores reafirmaram que locais e atividades de interação social, principalmente em ambientes fechados e com grande número de pessoas, devem continuar sendo evitados. “Somente essas medidas, aliadas à intensificação da campanha de vacinação, podem garantir a queda sustentada da transmissão e a recuperação da capacidade do sistema de saúde”.

Com informações da Agência Brasil