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O Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista (FESBS) vai apresentar um conjunto de propostas para os candidatos às câmaras municipais e prefeituras da região.

De acordo com Newton Rodrigues, integrante do FESBS, “é de fundamental importância que os candidatos assumam essas propostas e, se eleitos, possam ter a oportunidade de contribuir com apoio do FESBS para a construção de uma Baixada Santista com melhor qualidade de vida”.

O evento virtual acontece nesta sexta-feira (17), a partir das 18 horas. Na oportunidade, o professor Eduardo Tadeu (Unifesp), presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM) de 2012 a 2018 e coordenador da Universidade Aberta à Economia Solidária (UAES), apresentará o tema “Políticas Públicas e Economia Solidária”. Além disso, ele lançará a ideia da criação da UAES na Baixada Santista.

Em seguida, haverá a leitura das propostas que os integrantes do FESBS elaboraram em seminários, debates, consultas e reuniões. Depois, os candidatos poderão fazer um pronunciamento de apoio ao documento. O link de acesso para participar é https://bit.ly/fesbs-propostas.

Diversificação

Newton Rodrigues explica que, na Baixada Santista, a economia solidária é diversificada, sendo praticada por grupos urbanos e rurais. “Pode-se citar, como exemplo, os consumidores conscientes do Livres Baixada Santista, que integram uma rede com organizações de produtores de orgânicos e ecobikers cooperados na mesma rede que fazem as entregas, sem a exploração dos donos de aplicativos”, diz ele.

“Há agricultores e pescadores que comercializam a produção diretamente para os consumidores por meio de ‘Feiras do Produtor’, entrega em domicílio e barraca coletiva com drive-thru, assim como para programas de compras públicas oficiais: Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar”, acrescenta.

Também existem grupos de produção de artesanato, cooperativas de catadores de materiais recicláveis de primeiro e segundo graus, prestadoras de serviços de lavanderia, coletivos de comercialização de cestas de café da manhã e coffee break, comunidades tradicionais de caiçaras e indígenas engajados em roteiros de turismo de base comunitária, entre outras iniciativas.

“Dessa forma, por meio da economia solidária, constrói-se uma outra economia, autogestionária, ou seja, sem patrões, mas com muito trabalho, que promove inclusão socioeconômica, respeito ao meio ambiente, desenvolvimento cultural, político e comunitário, fortalecimento da democracia, além da emancipação de grupos vulneráveis e promoção de bem-estar e qualidade de vida da comunidade”, acrescenta Newton.