Foto: Glauber Bendini/Govesp

O temporal que atingiu a Baixada Santista na semana passada já causou a morte de 42 pessoas. No entanto, este número deve aumentar, pois ainda existem 36 desaparecidos na região, de acordo com informações da Defesa Civil, que segue no trabalho de buscas.

A maioria das vítimas fatais é de Guarujá. Dos 42 corpos localizados, 31 são da cidade. Em Santos, ocorreu o registro de oito mortos e em São Vicente, três. Todos os 36 desaparecidos são de Guarujá.

As buscas continuam e ocorrem também à noite. Moradores têm colaborado com as equipes de resgate. Técnicos do Instituto Geológico e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) monitoram os riscos nos locais de trabalho.

A Defesa Civil de Santos, inclusive, orienta que as famílias desabrigadas e desalojadas ainda não retornem para suas casas, localizadas em áreas de risco nos morros. Grande parte deixou as moradias após ação preventiva da Defesa Civil, que as orientou a permanecer alguns dias fora até que houvesse condições favoráveis para o retorno.

O coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, explicou que os locais não apresentam segurança, com riscos de deslizamentos. “Neste momento, o retorno para as casas não é seguro”.

A orientação é que as pessoas aguardem avaliação de riscos por geólogos da Defesa Civil e engenheiros da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi). São os técnicos que darão o aval ou não para o retorno das famílias.

Desabrigados

Existe um total de 521 desabrigados, sendo 336 desabrigados em Guarujá e 185 em Santos. O número de desaparecidos quase dobrou na última quinta-feira (5), depois que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil mudaram a projeção. Foram cruzados os dados da área afetada com as residências registradas no local.

Conforme a Defesa Civil, já foram disponibilizadas 31,2 toneladas de materiais de ajuda humanitária.