Os prefeitos das nove cidades da Baixada Santista não pretendem mesmo acatar a orientação do governo do estado, no sentido de aguardar um pouco mais para flexibilizar as atividades econômicas. O “Plano São Paulo” manteve a região na zona vermelha (fase 1), que permite o funcionamento somente dos serviços essenciais.
Na tarde desta quinta-feira (4), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), vai representar os municípios, em reunião com integrantes do Ministério Público.
Durante o encontro, Barbosa pretende apresentar os números de leitos ocupados e a taxa de transmissão da Covid-19 na região, para conseguir que determinados setores e segmentos econômicos possam ser liberados já nos próximos dias.
Na avaliação dos prefeitos, a classificação da região na zona vermelha ocorreu com base em dados errados.
A opinião unânime dos nove é que a Baixada já está enquadrada na zona laranja (fase 2) desde a última semana, o que permitiria a reabertura de alguns segmentos do comércio.
Avanço dos números
Os números parecem não corroborar com a análise dos prefeitos. Os casos na região continuam aumentando, já superando 10 mil pacientes infectados e quase 500 mortes.
Marco Vinholi, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, declarou que, apesar de entender a ansiedade dos prefeitos e a pressão que eles têm sofrido por parte de segmentos empresarias, vai manter o plano original.