A queda do Boeing da Gol que fazia o voo 1907 de Manaus até o Rio de Janeiro, quando se chocou com o jato Legacy, ocasionando a morte de 154 pessoas, completa 15 anos nesta quarta-feira (29). O avião caiu a 30 km de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, na terra indígena Capoto-Jarinã, e ninguém a bordo sobreviveu.
O Legacy com sete passageiros conseguiu pousar na Serra do Cachimbo, no Pará. Aquela foi, na época, a maior tragédia da aviação brasileira até então.
O trabalho de resgate durou cerca de 50 dias e envolveu mais de 800 pessoas, entre militares e voluntários.
O corpo do bancário Marcelo Paixão Lopes, que foi identificado por DNA quase dois meses depois da queda da aeronave, foi o último a ser encontrado.
As famílias das vítimas criaram uma associação para acompanhar e cobrar informações sobre o acidente.
As famílias sobrevoaram o local do desastre, um ano depois, em uma aeronave da FAB, além de terem participado de um culto ecumênico em homenagem às vítimas.
Quase dois anos após o acidente aéreo, em 2008, foi divulgado o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da FAB.
Além de responsabilizar o controle nacional de tráfego aéreo pelo acidente, o documento apontou falhas dos pilotos do Legacy, os norte-americanos Joe Lapore e Jan Paladino.
As famílias das vítimas receberam indenização da Gol.
Somente em 2011, os pilotos americanos foram ouvidos e condenados pela Justiça Brasileira a quatro anos e quatro meses de regime semiaberto pelo crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo na modalidade culposa.
Em outubro de 2012, a pena foi diminuída para três anos e um mês em regime aberto. A Justiça também condenou um dos quatro controladores de voo envolvidos no acidente a uma pena de três anos e quatro meses em regime aberto.
Com informações do G1