PM de São Paulo - Divulgação/Governo de SP

Após o início da “Operação Escudo”, que mobilizou cerca de 600 policiais para atuarem em favelas no Guarujá, moradores foram às redes sociais para denunciar o terror implantado por policiais militares.

O terror espalhado pelas favelas do Guarujá teve início após a morte de Patrick Reis, durante ronda que fazia na favela Vila Zilda, ocorrida na última quinta-feira (27).

De acordo com informações da Ouvidoria do Estado de São Paulo, até este momento, dez pessoas foram mortas durante a operação da PM de São Paulo.

Porém, tais mortes estão sendo comemoradas nas redes sociais por policiais e páginas que apoiam o trabalho da PM.

Em uma publicação que viralizou nas redes sociais, é possível ver um homem identificado como “Soldado Raniere” celebrando o placar de mortos: “Só atualizando: são 9”. Em outra, ele escreve: “Para conhecimento, atualizando o placar até o momento 12 x 1”, ou seja, o número de mortos é maior do que o oficialmente divulgado.

Segundo informações, nos grupos de Whatsapp dos bairros corre a informação de que os policiais teriam prometido chegar ao número de 60 mortos para vingar a morte de Patrick Reis.

A suspeita de chacina e possível vingança de policiais militares por causa da morte de um colega de trabalho gerou revolta nas redes sociais.

 

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).