Foto: Pedro Rezende/Prefeitura do Guarujá

Um médico ortopedista de 54 anos, que trabalha no Hospital Santo Amaro, em Guarujá, foi preso nesta segunda-feira (16) por policiais da 3ª Delegacia de Homicídios de Santos por suspeita de participação na execução de um paciente que aguardava alta na unidade em 24 de abril.

O crime, que foi registrado por câmeras de segurança, chocou o país e mostrou a extrema violência com que os dois assassinos dispararam quase à queima-roupa contra a vítima, que estava sentada numa cadeira de rodas.

Alexandre Pedroso, segundo os investigadores, teria colaborado com os atiradores, facilitando a entrada deles no hospital e dando orientação sobre o local onde Gilianderson dos Santos esperava para ser liberado da internação.

A detenção foi feita nesta manhã, enquanto ele dava plantão no Santo Amaro. Os agentes contaram que no momento da abordagem o médico teria ficado muito nervoso relutante e que com ele foi encontrada uma porção do que parecia ser cocaína.

O delegado Thiago Nemi Bonametti, que preside o inquérito sobre o homicídio, explicou ao jornal A Tribuna que a ordem para matar Gilianderson teria partido do crime organizado, da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que, segundo ele, exigia a morte do alvo imediatamente, como retaliação a um episódio criminoso que não foi revelado pela Polícia Civil.

Foto: Reprodução/Twitter

Autoridades acreditam que médico tem estreitas ligações com a quadrilha que comanda o narcotráfico na maior parte do país

Para as autoridades, Alexandre Pedroso tem estreitas ligações com a quadrilha que comanda o narcotráfico na maior parte do país e que atua em mais 18 países, já que ele foi preso em outubro do ano passado com quase 65kg de entorpecentes (53kg de cocaína e 11,5kg de crack) em sua casa, localizada num condomínio de alto padrão de Guarujá, o famoso Jardim Acapulco, onde o jogador Neymar tem uma mansão.

A Justiça, no caso da execução que ocorreu dentro do hospital, determinou a prisão temporária do médico por 30 dias. Se de fato os policiais identificarem a ligação dele com a morte, o delegado deve solicitar ao Judiciário que prisão seja convertida para preventiva, sem prazo determinado.