O pastor Mário Sérgio - Foto: Reprodução/Redes sociais

Suspeito de abusar sexualmente de vários jovens que frequentavam suas igrejas, o pastor evangélico Mário Sérgio Ferreira da Silva, de 55 anos, foi preso em Peruíbe. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), quatro pessoas procuraram a Polícia Civil para denunciá-lo.

Depois do pedido da polícia, a Justiça decretou a prisão preventiva do pastor. Em entrevista ao G1, a mãe de uma das vítimas, que não quer se identificar, contou que começou a frequentar a igreja havia cinco anos. Na época, o filho dela, que tem autismo, era menor de idade.

“Jamais imaginei que poderia acontecer isso. O pastor era muito simpático, e o meu filho gostava de ficar junto com os jovens da igreja, então, eu confiava que era um local seguro”, conta.

Conforme informou a mãe, a família suspeita que o jovem tenha sido violentado por um período de dois anos. A família descobriu os abusos, depois que o pai identificou um comportamento diferente no jovem, que chorava muito.

O pai, então, resolveu questionar o filho, que revelou os abusos sexuais. Por medo, a família não denunciou o crime imediatamente. “Na igreja, era uma adoração tão grande por esse homem que eu fiquei com medo, porque era a nossa palavra contra a dele. Então, só tirei meu filho de lá, porque ele também estava com medo”.

O delegado Edmilson Matos, responsável pela investigação, em entrevista à TV Tribuna, declarou que o pastor tinha um endereço em Itanhaém, cidade vizinha.

“Foram feitas diligências, porém, ele não foi encontrado, se evadiu. Mas, as investigações continuaram no sentido de localizá-lo. Então, o cerco acaba se fechando. Ele é uma pessoa que talvez não tivesse muita alternativa, razão pela qual, com o cerco policial, acredito que ele tenha se entregado, destaca.

Cinco igrejas

Mário Sérgio Ferreira da Silva teria fundado pelo menos cinco igrejas evangélicas no litoral. Só em Peruíbe, o pastor tinha três, além de ter outras duas em Itanhaém, todas em áreas periféricas.

Conforme o delegado, o inquérito foi concluído para estupro de vulnerável, em relação à vítima com deficiência intelectual, e para crime de violação sexual mediante fraude, no caso das outras três vítimas.