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A promessa do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de fazer os pagamentos dos salários dos residentes e estudantes de pós-graduação de diversas áreas da saúde, ficou somente na promessa. O dia 15 de maio e tem gente que não viu o dinheiro. São quase três meses de atraso. Eles estão parados desde o dia 11 de maio em todo o País

Dos sete residente de Santos, quatro receberam um mês e ainda falta um. Outros três não tiveram nenhum dinheiro depositado. Nesta quarta, eles fizeram um protesto em frente ao local onde estava sendo realizado drive-thru de testes para Covid-19, na Avenida Francisco Glicério .

Linha de frente no combate ao coronavírus e contratados pelo Ministério da Saúde, por meio de seleção pública, para atuar na região, profissionais estão há dois meses sem receber salários. A denúncia é do Coletivo de Residentes do Programa Multiprofissional. O Ministério alegou muitos cadastros estão errados e que regularizaria tudo até dia 15 deste mês, o que não ocorreu.

O programa de residência teve início no dia 2 de março e os profissionais sabiam que o pagamento seria creditado no mês de abril, mas o Ministério da Saúde descumpriu os cinco prazos dados (05/04, 14/04, 17/04, 22/04 e 24/04) para o pagamento das bolsas. A bolsa é de R$ 3,3 mil, mas com descontos o valor fica perto de R$ 2,8 mil. Ele exige dedicação exclusiva do profissional e que a bolsa é a única fonte de renda para subsistência do trabalhador.

Os profissionais trabalham 60 horas semanais, sendo 80% atendendo à população nas Unidades de Saúde da Família (ou policlínicas).

No Estado de São Paulo, dois programas de residência paralisaram as atividades, porém em todo o País, os residentes estão sem receber e também podem aderir ao movimento. São centenas de trabalhadores que estão nos hospitais, nos equipamentos de saúde mental e em diversos serviços de saúde nessa situação.