O deputado Kenny - Foto: José Antonio Teixeira/Alesp

O deputado estadual Kenny Mendes (Progressistas) foi denunciado, formalmente, ao Ministério Público Eleitoral (MPE) por ter usado as redes sociais para pedir, expressamente, votos para a candidata à prefeita de Itanhaém, Cris Forssell (Podemos).

A representação foi feita pelo funcionário público estadual Ernesto Donizete da Silva. Ele acredita que o deputado cometeu crime eleitoral. Caso o MPE acate a denúncia, Kenny pode perder o mandato e Cris ter sua candidatura impugnada, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.

Kenny teria utilizado como argumento a liberação de verbas da Saúde para Itanhaém, causando repercussão negativa nas redes sociais a ponto de o vídeo ter sido retirado do ar.

O funcionário público afirma que o deputado infringiu o artigo 41-A da Lei nº 9.504/97, que “impede a doação, oferecimento, promessa ou entrega, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal, inclusive emprego ou função pública”.

“Tenho recursos reservados no valor de R$ 5 milhões para a saúde de Itanhaém. Mas eu preciso de um favor da população. Que, no dia 15 de novembro, vote em 19, Cris Forssell para prefeita. Até porque eu preciso de uma pessoa em quem eu possa confiar aqui na prefeitura para destinar esses recursos, que eu sei que serão muito bem utilizados para a população”, declarou Kenny, no vídeo.

“É de não permitir que ‘crimes eleitorais’ sejam perpetrados em nenhum momento, sobretudo no curso de uma pandemia mundial, e com o discurso de ‘milhões de reais destinados à saúde’ da cidade, com, em tese, o condicionamento a votarem na candidata Cris Forssel”, destaca o funcionário público.

Justificativas

Kenny Mendes acredita ser um desperdício de tempo e dinheiro da Justiça. “Coisa mais sem pé nem cabeça. E ainda colocando palavras na minha boca. Em momento algum condicionei o envio à eleição dela, apenas dei a boa notícia para a cidade. E mesmo que o fizesse, o deputado tem total liberdade para enviar a emenda para onde quiser, amparado pela lei estadual”, disse.

O deputado assume que está “pedindo votos para todos os meus candidatos e partidos coligados. Um direito democrático de todos que ainda não foi retirado de nós, graças a Deus”.