O delegado Manoel Gatto Neto, chefe da Polícia Civil e diretor do 6º Departamento de Polícia Judiciária do Interior 6 (Deinter-6), determinou que o ataque a tiros sofrido pela candidata à prefeitura de São Vicente, Solange Freitas (PSDB), seja investigado por uma unidade especializada.
“Por se tratar de crime contra a vida, ele é apurado pela 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), do Deinter-6. Estamos na fase de coleta de provas e o caso não pode ficar sem uma resposta do Estado”, afirmou, em entrevista a Eduardo Velozo Fuccia, para A Tribuna.
Na avaliação do delegado, trata-se de “um crime gravíssimo, às vésperas das eleições, que traz intranquilidade a todos e atinge o Estado Democrático de Direito”.
O ataque
O carro em que Solange Freitas estava com integrantes de sua equipe foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (11). O veículo da jornalista, à prova e balas, foi alvejado por vários tiros. Não houve feridos.
A ação aconteceu na Avenida Minas Gerais, em frente ao novo Pronto Socorro. O autor dos disparos não foi identificado e fugiu do local.
Segundo informações, dois homens em uma moto foram os responsáveis pelo ataque. Alguns disparos teriam sido em direção à cabeça da candidata. Há, inclusive, balas alojadas no vidro do veículo.
Episódio “político”
Foi um episódio “político”. Esta foi a reação de Solange, após o ataque. A jornalista se dirigiu à delegacia junto com seu vice, Gil do Conselho, dois assessores e o motorista, para prestar depoimentos e registro de boletim de ocorrência (BO).
“Isso, para mim, foi político. Não tem outro motivo que não foi esse. Não quero acusar ninguém, estou muito nervosa ainda. Não vou desistir, vou continuar firme e forte. Cada vez que vejo um ataque nas redes sociais, fake news, a gente fica muito bravo, se revolta, mas depois me dá forças para continuar”, declarou.