O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso - Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum

Ataque hacker sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste domingo (15), foi uma “operação coordenada” para “desacreditar a Justiça Eleitoral”. Esta é a conclusão inicial de uma investigação da SaferNet, que trabalha em parceria com o Ministério Público Federal no monitoramento de fraudes eleitorais cometidas pela internet.

“Trata-se de uma operação coordenada e planejada para ser executada no dia das eleições, com o objetivo de desacreditar a Justiça Eleitoral e eventualmente alegar fraude no resultado desfavorável a certos candidatos”, afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet, que vem fazendo o monitoramento desde o fim de outubro.

Perfis bolsonaristas passaram o dia da eleição divulgando mensagens apontando para supostas fraudes eleitorais e falta de credibilidade do TSE.

“Vários grupos políticos já estavam havia dias questionando a segurança dos servidores do TSE e das urnas, como que antevendo o anúncio do suposto hacking”, diz Tavares.

Canal conservador

Ele cita uma transmissão ao vivo do cientista político Paulo Moura, reproduzida no perfil do canal conservador “Avança Brasil” intitulado “Se o STJ foi hackeado, como confiar no TSE”.

“Se a segunda maior instância da Justiça brasileira (STJ) é vulnerável a um ataque hacker dessa magnitude, e natureza, como confiar no TSE e seu sistema de controle da apuração dos votos das eleições brasileiras?”, afirma Moura.

Com informações da Folha