Foto: Divulgação/Viação Bertioga

Motoristas da empresa Viação Bertioga, responsável pelo transporte público de Bertioga rejeitaram a proposta apresentada pela empresa e decidiram, nesta terça-feira (18), manter a greve. A paralização foi iniciada na última segunda-feira (17) por atraso no pagamento dos salários.

De acordo com representantes da categoria, desde o 5º dia útil deste mês, os motoristas não recebem o pagamento do salário, referente ao mês de julho, e cestas básicas. O serviço na cidade está operando com frota reduzida, sendo 80% dos ônibus circulando em horário de pico e 60% nos demais horários.

“A proposta era de fazer o pagamento até o dia 30 deste mês, o salário e a cesta básica. Os trabalhadores desejam que a empresa pague tudo e a vida volte ao normal. Enquanto a empresa não regularizar a situação vamos seguir com a greve e cumprindo a liminar”, disse Emílio Carlos Américo, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod).

Uma audiência de conciliação foi marcada para a próxima quinta-feira (20), às 15h, entre a empresa e o sindicato.

A paralização por tempo indeterminado foi acordada em assembleia do Sindrod na última quarta-feira (12) até que a empresa pague os atrasados. Os percentuais de funcionamento da frota são os definidos pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que concedeu liminar autorizando a greve na sexta (14).

A Viação Bertioga disse, em nota na última segunda (17), que perdeu 1.141.700 passageiros no período de janeiro a junho de 2020 comparando com o mesmo período no ano passado, devido a pandemia de coronavírus. A empresa informou ainda que não dispensou funcionários no período e tenta desde dezembro de 2019 um reajuste de tarifas.