Canudo de plástico já é proibido nos estabelecimentos em Santos - Foto: Arquivo/Francisco Arrais/Prefeitura de Santos

Reduzir e eliminar a circulação de canudos, talheres, pratos e embalagens de plástico. Este é o objetivo do projeto ‘Circularidade do Plástico’, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cuja cidade de Santos, de um total de cinco, foi escolhida para participar.

O projeto terá início em 2025, com duração de 48 meses. Além de Santos, a única cidade fora do eixo de capitais, foram escolhidos Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e Belém. São Paulo, devido à presença da indústria e por ser sede de várias associações dos setores relacionados, também participará da iniciativa, em parceria com Santos.

Representantes do ministério vieram para Santos e realizaram uma reunião com comerciantes e empresários do setor de hotéis, bares e restaurantes e administradores e conselheiros de organizações não governamentais, institutos e órgãos públicos.

O encontro aconteceu, na quarta-feira (13), no Orquidário de Santos. O intuito foi ouvi-los para encontrar alternativas conjuntas para desenvolver ações sustentáveis na cidade. Em 2019, Santos determinou o cancelamento de compra de plásticos de uso único na administração pública. Aquisições só são permitidas em casos excepcionais e justificados.

Projeto Circularidade do Plástico

O projeto receberá um investimento de US$ 9 milhões do Fundo Global do Meio Ambiente (GEF), que equivale a R$ 44.677.800. A iniciativa abordará estratégias de incentivo, regulação e aplicação de tecnologias que eliminem o plástico do meio ambiente, além de mapear tecnologias para o combate de plásticos no mar.

O consultor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Albuquerque, explicou que os projetos passarão por preparação para receber recursos. Segundo ele, haverá uma consulta às partes interessadas nas iniciativas e às que serão impactadas pelo projeto, tanto em nível nacional quanto local, para que haja uma boa adesão e efetividade.

O ministério vai mapear as tecnologias existentes para combater o plástico no mar e as que estejam em nível de maturidade tecnológica suficiente para serem implementadas em escala.

Segundo ele, é importante atentar que a poluição por plástico gera contaminação com microplásticos, o que também afeta vários âmbitos da sociedade. “Para as cidades costeiras, tem a questão também de como a poluição afeta o turismo e a balneabilidade. A redução do consumo de plástico impacta diretamente na redução da poluição que chega aos oceanos”, disse Marcos Albuquerque, segundo nota divulgada pela prefeitura.