Foto: Reprodução de Vídeo G1

Ocorreu uma grande explosão na manhã desta quinta-feira (26), em um dos portões do aeroporto internacional de Cabul – onde uma das maiores operações de retirada aérea da história vem sendo realizada desde a tomada da capital do Afeganistão pelo Talibã.

Uma fonte do Talibã disse à agência de notícias Reuters que ao menos 13 pessoas morreram, incluindo crianças. A rede de televisão Al Jazeera fala em ao menos dez mortos, também citando uma fonte do Talibã. O The Wall Street Journal diz que fuzileiros navais americanos ficaram feridos.

O porta-voz do Pentágono confirmou a explosão, mas não deu mais detalhes sobre o que ocorreu. “Podemos confirmar uma explosão fora do aeroporto de Cabul. As vítimas não estão claras neste momento”, afirmou John Kirby. “Forneceremos detalhes adicionais quando pudermos”.

A Embaixada dos EUA alertou os cidadãos em três portões de aeroporto para sair imediatamente devido a uma ameaça à segurança não especificada. Antes, na terça-feira (24), o presidente norte-americano, Joe Biden, já havia mencionado o grupo terrorista. “Cada dia que estamos no terreno é mais um dia em que sabemos que o ISIS-K (Estado Islâmico Khorasan ou Estado Islâmico no Afeganistão).

Um alto funcionário dos EUA, que falou sob condição de anonimato ao The New York Times, confirmou que os EUA estavam rastreando uma ameaça “específica” e “confiável” no aeroporto programada pelo ISIS-K.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado sobre a explosão durante uma reunião com autoridades de segurança sobre a situação no Afeganistão, segundo a Reuters.

Única saída

O aeroporto internacional Hamid Karzai é a única saída do país para milhares de estrangeiros e afegãos que tentam, desesperados, embarcar nos voos de retirada organizados pelos países ocidentais.

Quase 90 mil pessoas já foram retiradas do Afeganistão desde que o Talibã retomou o poder, em 15 de agosto, mas uma multidão ainda se aglomera dentro e ao redor do local, inclusive em valas.

Segundo o jornal The New York Times, ao menos 250 mil afegãos que trabalharam para os EUA ainda não foram retirados do país. O atual ritmo de evacuação não é suficiente para retirar todo mundo até o dia 31, prazo limite anunciado por Biden.