Professores do Projeto Mediador, pais de alunos com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de integrantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), participaram de uma longa reunião na prefeitura, nesta segunda-feira (7).
Na oportunidade, dois diretores do Sindserv, duas mães e duas professoras foram recebidos pelos secretários de Gestão, Adriano Leucádio; e de Educação, Cristina Barletta, para debater a pretensão da prefeitura de Santos de terceirizar o atendimento a crianças com deficiência nas escolas da rede.
Após o encontro, as autoridades municipais se comprometeram a encaminhar as reivindicações e propostas de professores, pais e sindicato ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
Protesto
Paralelamente, um ato em frente ao prédio da administração municipal reuniu muitos docentes e pais, apesar da chuva. Com faixas e cartazes, eles chamaram a atenção para a tentativa de terceirização na educação inclusiva.
Atualmente, um professor auxiliar, que desempenha a função no contraturno, fica em sala de aula para se dedicar à adequação do ensino aos alunos com deficiência. São profissionais concursados, com Ensino Superior, especializados, enfim, preparados para exercer a função.
O edital, publicado no Diário Oficial do dia 30 de novembro, abria espaço para a atuação de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) nessa atividade. Além disso, exigia que o mediador tivesse apenas o Ensino Médio, não havendo necessidade de qualquer especialização, o que contrariou pais e professores.
Pressão
A pressão dos servidores municipais e pais de alunos fez com que Barbosa suspendesse o edital que previa a terceirização do atendimento a crianças com deficiência. A divulgação foi feita pelo tucano, neste domingo (6), durante live nas redes sociais.
No entanto, na avaliação do sindicato, a divulgação do prefeito santista não representa a desistência da terceirização na educação inclusiva. A única novidade no posicionamento de Barbosa foi o anúncio de que o governo vai rever o grau de escolaridade mínima para os profissionais que atenderiam diretamente às crianças.
Dessa maneira, segundo a entidade, o movimento vai continuar até que seja abandonada, definitivamente, a ideia de terceirizar o atendimento. O objetivo é que seja mantido o Projeto Mediador e, com as vagas remanescentes, promover contratações emergenciais, recurso permitido por lei.
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