Praça das Bandeiras recebe mais um ato contra terceirização na educação inclusiva de Santos

Prefeitura divulgou edital para a seleção de Organizações da Sociedade Civil no atendimento a alunos com algum tipo de deficiência

Protesto na escadaria da prefeitura de Santos - Foto: Mishelle Domingues

Um novo ato, contra a decisão da prefeitura de Santos de terceirizar o atendimento às crianças com deficiência, será realizado neste sábado (5).

A manifestação de protesto, promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), ocorrerá na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, com a concentração para panfletagem prevista para as 10 horas.

O sindicato realizou um primeiro ato, nesta quinta-feira (3) à tarde, em frente à prefeitura, na Praça Mauá. O encontro reuniu vários servidores municipais, como professores e mediadores, além de sindicalistas.

Foto: Reprodução

Na oportunidade, a secretária municipal de Educação, Cristina Barletta, não atendeu aos manifestantes, alegando que já havia feito uma reunião com diretoras e representantes do sindicato.

O atual secretário de Gestão, Adriano Leucádio, recebeu os servidores e os comunicou que, na próxima quarta-feira (9), vai divulgar um parecer sobre o assunto, pois precisava se informar dos detalhes. O sindicato entregou a documentação com pedido de revogação da decisão.

A prefeitura, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), pretende terceirizar o atendimento municipal às crianças com deficiência. O edital para a seleção de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foi publicado no Diário Oficial de segunda-feira (30).

Foto: Mishelle Domingues
Foto: Mishelle Domingues

Duro golpe

As salas de aula com alunos com deficiência contam com mediadores, que são professores destacados para acompanhar a criança durante a aula regular, auxiliando-a nas situações de convivência com os demais e adequando, especialmente para ela, os conteúdos passados pelos professores titulares da sala.

Atualmente, a função é desempenhada pelos próprios professores da rede municipal, concursados, que atuam como mediadores no período contrário ao de sua atuação.

Com a decisão, essa função passa para as OSCs. Além de serem preparados para a função, os professores receberão um duro golpe, pois contavam com essa complementação salarial.

Assista ao vídeo do ato em frente à prefeitura:

https://cdn.folhasantista.com.br/wp-content/uploads/2020/12/Ato-1.mp4
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