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Os professores da rede pública estadual de São Paulo realizaram uma manifestação, nesta sexta-feira (18), na capital paulista, com saída do Masp e caminhada até a Praça da República, sede da secretaria estadual de Educação. Em pauta: aulas remotas durante a pandemia do coronavírus, reajuste salarial, realização de mais concursos públicos, valorização do magistério e o fim do confisco salarial de aposentados e pensionistas.

“A categoria manifestou seu desacordo com o anúncio feito pelo governador João Doria (PSDB) e pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, de que pretendem o retorno às aulas presenciais de 100% dos estudantes em agosto, sem que todos os profissionais da educação tenham tomado a segunda dose da vacina e sem que tenham sido tomadas todas as providências para a segurança sanitária nas escolas”, afirma a presidenta Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), deputada estadual Professora Bebel (PT).

Além disso, a caminhada reivindicou o descongelamento dos salários, por meio de um reajuste imediato de 29,25%, para que os salários-base da categoria voltem a se equiparar ao piso salarial profissional nacional.

“É vergonhoso que o mais rico estado da federação pague salários abaixo do piso nacional. A corrosão salarial é constante, o que tira a segurança dos professores e interfere, é claro, na qualidade do ensino, destaca Bebel.

Outro ponto é o fim do confisco nos salários de aposentados e pensionistas. “O governo alega um suposto déficit na previdência estadual, que não é capaz de provar, para cobrar contribuição previdenciária sobre os valores acima de um salário mínimo, penalizando pessoas que já recebem parcos recursos e que contribuíram durante toda a vida pelo direito a uma aposentadoria tranquila”, acrescenta.

“Sopa de letrinhas”

A categoria também se posiciona contra o que chama de “sopa de letrinhas” instituída pelos governos do PSDB, que, segundo os professores, retalharam os profissionais em diversas letras.

“O segmento mais penalizado é o da chamada ‘categoria O’ (contratados por tempo determinado), além dos professores das categorias S e V, que são eventuais. São professores que têm escassos direitos e recebem salários na média 25% menores que os efetivos”, ressalta a presidenta da Apeoesp.

Outras reivindicações da categoria são: concursos públicos para efetivação dos professores, contratação justa para os professores admitidos temporariamente, com os mesmos direitos dos efetivos, enquanto durar a contratação, além de lutar para que tenham direito à assistência médica pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público do Estado de São Paulo (IAMSPE).