Foto: Apeoesp

A categoria dos professores da rede pública estadual de São Paulo se mobilizou e preparou uma paralisação para a próxima sexta-feira (18).

Há uma série de reivindicações na pauta, como aulas remotas durante a pandemia do coronavírus, reajuste salarial, realização de mais concursos públicos, valorização do magistério e o fim do confisco salarial de aposentados e pensionistas.

Em relação às atividades escolares, a juíza Simone Gomes Rodrigues, decidiu, no dia 9 de março de 2021, pela proibição das aulas e atividades presenciais durante as fases laranja e vermelha do “Plano São Paulo” de flexibilização.

No entanto, o governo do estado tem descumprido a sentença. Segundo dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), já são 2.662 casos de contaminação por Covid-19 em escolas estaduais com atividades presenciais desde o início do ano. Além disso, houve 95 mortes.

A presidenta da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel (PT), avalia que a antecipação da vacina para profissionais da Educação foi uma grande vitória da categoria. Porém, ainda é insuficiente para se pensar em um retorno às aulas presenciais.

“A vacinação dos profissionais da Educação ainda está na primeira dose. A média de óbitos diária segue em torno de duas mil em todo o Brasil. E o secretário da Educação mantém sua obsessão em arriscar a vida de professores, funcionários, estudantes e suas famílias, fingindo que não existe uma sentença judicial em vigor, que proíbe aulas e atividades presenciais na pandemia, e ainda diz que não vincula vacinação ao retorno às aulas”, relata Bebel.

Outra questão fundamental, segundo a presidenta da entidade, se refere ao reajuste salarial. “Os salários da categoria estão totalmente defasados. Não é possível que o estado mais rico da federação pague um salário-base abaixo do piso nacional. É necessário um reajuste de 29,25% para essa equiparação”, diz.

Aposentados e pensionistas

Bebel explica, ainda, que os professores sairão às ruas na próxima sexta (18), respeitando os protocolos de segurança contra Covid-19, também para protestar contra o confisco salarial de aposentados e pensionistas.

“O decreto estadual 65.021/20 aumentou a contribuição adicional de servidores inativos e pensionistas. Isso fez com que houvesse descontos de até R$ 800,00 em seus proventos. Um aposentado não pode ter esse valor confiscado mensalmente”, completa Bebel.

A manifestação de sexta prevê concentração dos professores às 10 horas, no vão livre do Masp. De lá, os manifestantes sairão em caminhada até a Praça da República, sede da secretaria estadual de Educação.