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A Justiça de São Paulo condenou Gustavo Metropolo, ex-aluno da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelos crimes de racismo e injúria racial, após ele tirar foto de um colega negro e chamá-lo de “escravo” em um grupo de WhatsApp.

A 14ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, na capital paulista, fixou a pena em dois anos e quatro meses em regime aberto. Mas, a pena privativa de liberdade foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pelo pagamento de cinco salários mínimos à vítima.

O caso aconteceu em 2018, quando Gustavo compartilhou a foto do colega negro no WhatsApp com a legenda “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for dono avisa”. Metropolo foi denunciado pelo também estudante da FGV João Gilberto Lima.

Alegação da defesa

A defesa de Metropolo alegou que o seu cliente não era o autor da imagem, pois o estudante havia sido roubado antes do episódio. Também foi dito que a direção da universidade fez pressão para que ele assumisse algo que não tinha feito.

A Juíza Paloma Assis Carvalho, da 14ª Vara Criminal de São Paulo, recusou a tese e afirmou que a “autoria é certa” e que o ato cometido pelo réu atingiu toda a sociedade.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).