Foto: MTST

Na noite desta segunda-feira (9), o juiz Antônio Carlos Santoro Filho, da 11ª Vara Cível do Fórum de Santo Amaro, determinou o despejo de mais de 600 famílias que estão na ocupação Jardim Novo Horizonte, Zona Sul da cidade de São Paulo, e que é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

De acordo com informações do MTST, o terreno ocupado é uma Zona Especial de Interesse Social e, por conta disso, deveria servir como habitação popular. Mas, está abandonado há mais de 50 anos em uma das áreas mais adensadas e pobres da cidade. Além disso, a ocupação é formada por famílias que foram despejadas durante a pandemia.

O MTST também estranhou a rapidez com que a ordem de despejo foi publicada: uma hora após o pedido ser apresentado. O Movimento considera a decisão “desumana arbitrária e ilegal, já que viola decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 828”, que suspende os despejos durante a pandemia.

O MTST informou que vai recorrer do despejo.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).