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Por meio de uma nota publicada pelo síndico e morador Marco Ávila, a administração do condomínio Residencial Giovannina Sarane Galavotti fez um importante anúncio aos seus moradores.

Isso porque eles serão reembolsados pelos gastos de hospedagens referentes aos dias 13 e 14 de fevereiro, após serem obrigados a deixar seus respectivos apartamentos em razão dos tremores registrados nas estruturas do prédio na tarde da última terça-feira (13).

Essa foi uma medida tomada pela Construtora JR, responsável pelo edifício. A empresa também segue com o processo de realocação das famílias.

Na declaração, é informado que a construtora se comprometeu a ressarcir os moradores com os gastos de hospedagem referentes aos dias 13, data em que houve os tremores e o prédio foi evacuado, e 14, além de ter disponibilizado 16 quartos em um hotel na cidade.

Nesta quinta-feira (15), a empresa deve seguir realocando as famílias e buscando alternativas para as que possuem animais de estimação. No entanto, ainda não há previsão de quando elas poderão retornar aos apartamentos.

Contratação de engenheiro

Em imagens que circulam pelas redes sociais, é possível verificar que nas laterais do prédio constam rachaduras. A administração do condomínio comunicou, na quarta-feira (14), que foi iniciado o processo de contratação de um engenheiro independente para acompanhar os laudos e execução do plano de intervenção.

“Isso é para garantir que tudo o que precisa ser feito ocorra e trazendo ainda mais segurança para as famílias que residem no Giovaninna. Recebemos ainda a visita de técnicos do CREA-SP, engenheiros da construtora, Prefeitura, Defesa Civil e todos reforçaram que o prédio está estabilizado e não corre risco de queda iminente. Agora, estamos em contato com a construtora para seguir no apoio às famílias com alojamento e outros itens”, explica o síndico.

Outro ponto destacado nas informações prestadas pela administração do condomínio, é que o local não tinha nenhuma obra em andamento e toda a documentação está em dia. Além disso, o síndico esclarece que as causas do incidente estão sendo identificadas e uma comissão de moradores está acompanhando todas as etapas.

“Nesta quinta-feira (15), o foco dos trabalhos no edifício é a continuidade dos estudos sobre o que pode ter gerado o incidente e a elaboração, pela construtora JR, do plano de intervenção e conserto para ser apresentado às autoridades. Somente após a aprovação, os trabalhos terão início e saberemos o tempo previsto de obras”, comenta Marco.

Posição da prefeitura

Cerca de 2 mil escoras metálicas estão sendo colocadas nas três pilastras que ficaram danificadas no edifício. Segundo a prefeitura de Praia Grande, mesmo o prédio sendo estabilizado, segue mantida a interdição total do local.

O município também informou que o condomínio e a construtora, a partir desta quinta (15) devem enviar para a prefeitura um plano emergencial de escoramento, o projeto de recuperação definitiva das estruturas danificadas e o laudo de condição da obra.

“Assim que for entregue, toda essa documentação será analisada pelo corpo técnico da Prefeitura, formado pela Secretaria de Urbanismos (Seurb) e a Defesa Civil. Estando tudo de acordo, a obra de recuperação poderá ser iniciada, fator determinante para um possível retorno dos moradores ao edifício. Porém, importante ressaltar que, no momento, ainda não existe uma data/prazo determinado para isso”, completou a prefeitura.

Nesta quarta-feira, o edifício recebeu a visita de representantes do Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos (Crea-SP), que vistoriaram o local. Em nota, o órgão explicou que está acompanhando o caso e que esteve no local para verificação das responsabilidades técnicas do empreendimento, tanto da empresa responsável pela obra quanto da contratada para a recuperação estrutural.

“Por meio de notificação, o Conselho solicitou aos responsáveis pela edificação cópias das Anotações de Responsabilidades Técnicas (ARTs) referentes ao projeto estrutural, projeto e execução da obra, bem como a relação dos profissionais e empresas contratados para os serviços de escoramento e estabilização da estrutura. Deverão ser apresentados ainda estudos, projetos e demais documentações relativas à recuperação estrutural, com emissão de laudos e pareceres”.

O Crea-SP ainda esclareceu que em caso de ocorrências como esta, o Conselho coleta os dados sobre os responsáveis técnicos pela obra e/ou serviço, bem como sobre a existência da ART para a sua realização. Com as informações obtidas por meio dos laudos emitidos pelos órgãos que realizaram perícia no local, o Conselho instaura um procedimento administrativo para apurar a responsabilidade pelo ocorrido, garantindo o cumprimento da legislação vigente. Por fim, o órgão ressalta que seguirá acompanhando todas as fases da recuperação total, solicitando os documentos/laudos necessários para apurar quanto à possível imperícia, imprudência ou negligência por parte de profissionais e empresas envolvidas.

Com informações de A Tribuna