Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Segundo levantamento preliminar do Grupo Gay da Bahia (GGB), de janeiro a junho deste ano, o Brasil registrou 135 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+. Quando comparado com o mesmo período de 2021, há uma redução de casos, quando foram registrados 168 casos. 

De acordo com o levantamento do GGB, foram registrados 63 homicídios contra gays, 58 contra mulheres trans e travestis, bissexuais somaram três mortes, lésbicas contabilizam duas mortes e homens trans, uma. Do total de casos, apenas 32% foram elucidados pela polícia. 

Os números revelados pelo GGB são parte do relatório anual sobre mortes LGBTQIA+. A prévia foi divulgada por conta do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado nesta terça-feira (28). 

Em relação à cor das vítimas, 33,3% eram pardas, 22,9% brancas, 9,6% pretas. Outras 34% não tinham identificação quanto à raça. 

Quando o levantamento é dividido por região, o Nordeste lidera com 52 assassinatos, seguido do Sudeste com 38 casos. Entre os estados, Minas Gerais está em primeiro com 15 mortes, seguido por Bahia e Pernambuco, com 12 casos cada. 

Grande parte das mortes (45) não teve a causa identificada. Entre as que tiveram, 35 foram mortas a facadas e outras 33 por arma de fogo. Pelo menos 18 foram asfixiadas ou estranguladas. Quatro foram assassinadas por pedradas.

Além disso, o levantamento revela que cerca de 20% das vítimas agonizaram na rua e 32% morreram em suas casas ou apartamentos. 

Com informações de O Globo. 

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).