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Por Lucas Rocha, da Revista Fórum

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atendeu a um pedido nesta sexta-feira (18) sobre a ampliação do número de testes da vacina produzida pelo laboratório Pfizer, dos EUA, e a empresa de biotecnologia BioNTech, da Alemanha. A autorização acontece três dias depois da vacina Oxford-Astrazeneca passar de 5 mil para 10 mil voluntários no país.

“A Anvisa autorizou a ampliação dos estudos da vacina BNT162 com RNA antiviral da empresa Pfizer-Whyeth contra a Covid-19. Com isso, o número de voluntários dobrará, passando de 1 mil para 2 mil participantes no Brasil. Os testes estão sendo realizados nos estados da Bahia (mil voluntários) e São Paulo (mil voluntários)”, diz nota publicada pela agência.

O órgão ainda permitiu a ampliação da faixa etária dos participantes do estudo clínico. Agora, voluntários a partir de 16 anos podem participar, antes o mínimo era de 18 anos. A agência afirma que “solicitações para a ampliação do número de voluntários, entre outras alterações, são comuns em testes clínicos”.

Segundo informações do O Globo, a Pfizer pretende expandir as testagens também em outros países. A meta inicial nos EUA, de 30 mil, passou para 44 mil, mas ainda precisa de aprovação da Food and Drug Administration (FDA) – equivalente à Anvisa. A BNT162 é uma das quatro vacinas que foram autorizadas a realizar testes no Brasil.

Oxford

Na terça-feira, o laboratório Astrazeneca, responsável pelo desenvolvimento da vacina da Universidade de Oxford, conseguiu uma autorização similar à da Pfizer. O número de testes passou de 5 mil para 10 mil e dois estados foram incluídos: Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, que se somaram a São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

A faixa etária também mudou, permitindo que pessoas maiores de 69 anos também fossem testadas. O objetivo do laboratório é “garantir a produção de dados robustos sobre o desempenho de cada vacina, bem como conhecer os efeitos em diferentes grupos populacionais”.

Outras vacinas

Além das duas, a Anvisa já autorizou estudos clínicos da Coronavac – produzida pela chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantã – em 9 mil voluntários nos estados de SP, RS, MG, PR e DF e da vacina da Johnson & Johnson, com 7 mil aplicações em SP, RJ, RS, PR, MG, BA.

Com informações da Anvisa e de O Globo