João Doria - Foto: Governo do Estado/Divulgação

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista à CNN Brasil que a vacinação contra a Covid-19, que está agendada para começar no dia 25 de janeiro, pode ser antecipada se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluir a análise do pedido de uso emergencial antes dos dez dias previstos.

“A meu ver, não é o momento de a ciência burocratizar e fazer excessos de exigências de uma vacina que já se mostrou eficiente e eficaz. Nem para a vacina do Butantan, nem para a de Oxford ou nenhuma outra”, declarou Doria.

A emissora também questionou o tucano sobre os dados divulgados pela Indonésia, onde a eficácia da Coronavac é de 65,3%, o que vai de encontro ao número apresentado pelo governo de São Paulo, que atribuiu 78% de eficácia para a mesma vacina. Doria respondeu que “dados complementares” serão apresentados a terça-feira (12).

O governador também revelou que a Sinovac, o laboratório chinês responsável pelo imunizante CoronaVac, vai apresentar o pedido de uso definitivo da vacina.

Certificação

“A agência de Vigilância Sanitária chinesa está classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das agências que podem certificar vacinas e adotá-las mundialmente. As outras são o FDA, dos EUA, a agência europeia e a agência japonesa”, disse Doria.

Caso o pedido de uso definitivo da CoronaVac seja aprovado, Doria não descarta usar o dispositivo de lei da pandemia, que obriga a Anvisa a analisar em até 72 horas o pedido de uso definitivo do imunizante no Brasil.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).