Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A vereadora de Santos, Telma de Souza (PT), reivindicou a destinação da vacina Janssen, aplicada em dose única, para imunizar a população em situação de rua contra a Covid-19. A solicitação foi feita junto à Secretaria Municipal de Saúde.

Telma propõe, ainda, que a cobertura vacinal do segmento seja ampliada para maiores de 18 anos e que a população em situação de rua seja classificada como grupo prioritário na vacinação contra a gripe.

Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, a ex-prefeita de Santos destaca que a imunização dos moradores em situação de rua é fundamental por conta da exposição e alta circulação do segmento.

“Fizemos alguns levantamentos e a estimativa é que o percentual de imunização da população em situação de rua não chegaria a 20% na primeira dose e menos de 2% para os que já tomaram a segunda dose. São índices muito abaixo da média da imunização da população santista”, alerta.

A vereadora aponta, também, que muitos outros municípios, como São Paulo, adotaram estratégias similares, priorizando a vacina Janssen por ser dose única para os moradores em situação de rua. Os resultados são positivos.

“Essas medidas precisam ser aplicadas em Santos com urgência. A vacinação da população de rua é um desafio e deve fazer parte das estratégias de enfrentamento à pandemia, tanto do ponto de vista da solidariedade quanto das estratégias de saúde pública”, completa Telma.

Guarujá

Guarujá já tomou essa iniciativa e começou a vacinar a população em situação de rua contra a Covid-19. A imunização teve início nesta quinta-feira (1).

A prefeitura contou com uma equipe multiprofissional para atender às pessoas em um “Consultório na Rua”. A estrutura foi montada na Alameda das Violetas, no Santo Antônio. No total, foram vacinadas 16 pessoas da região.

De acordo com dados da administração, ainda faltam cerca de 60 pessoas em situação de rua, que serão localizadas.

A prefeitura deu prioridade para o imunizante da Janssen para por ser dose única. Como se trata de um grupo de pessoas que dificilmente voltaria para receber a segunda dose, a escolha da vacina dá a garantia da imunização.

 “Trata-se de uma população flutuante. Ainda falta localizar cerca de 60 pessoas. Seguiremos percorrendo os bairros para atender ao menos esses moradores já cadastrados”, relata o coordenador do “Consultório na Rua”, Alexandre Arruda Paula.