Jair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR

Novas informações divulgadas nesta terça-feira (22) por Julia Affonso, no jornal O Estado de S.Paulo, aumentam as suspeitas de corrupção do governo federal na compra da vacina Covaxin, produzida na Índia, país com que Jair Bolsonaro (Sem partido) fez lobby para liberação de cloroquina comprada pela farmacêutica EMS.

Desta vez o esquema tem como alvo a Precisa Medicamentos que, diferentemente dos demais imunizantes, intermediou a compra da vacina pelo Brasil.

Segundo a reportagem, Bolsonaro deu aval para a compra da Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, havia sido anunciado pela própria fabricante.

Um telegrama da embaixada brasileira em Nova Délhi mostra que, quando lançada, a vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech custava 100 rúpias ou cerca de 1,34 dólares a dose.

Em fevereiro desse ano, sob pressão de Bolsonaro, a Precisa Medicamentos fechou a compra para o Ministério da Saúde pelo valor de 15 dólares a unidade.

Pfizer

Ao mesmo tempo, o governo federal rejeitou a compra da vacina da Pfizer a 10 dólares alegando preço muito alto.

Na semana passada, a CPI do Genocídio autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Francisco Maximiano, um dos sócios da Precisa Medicamentos.

Em agosto, a empresa foi alvo do Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de fraude em um contrato de R$ 21 milhões na venda de testes rápidos para covid-19 ao governo do Distrito Federal.