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O Governo do Estado de São Paulo comunicou nesta quarta-feira que as escolas das redes pública e privada vão retomar as aulas em 8 de setembro. Porém, esqueceram de combinar com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), entidade que representa os donos de escolas particulares. O Sindicato emitiu uma nota oficial e bateu forte no governo João Doria. A entidade representa 10 mil colégios, com 2,4 milhões de alunos. A Secretaria de Educação do Estado de SP lamentou as críticas do Sindicato.

O Sindicato ressaltou que repudiou a definição do governo estadual de volta às aulas em setembro e garantiu que não foi consultado. “Causou estranheza a marcação dessa data, pois já estava acertada uma reunião que aconteceria antes desse anúncio, com a Secretaria de Educação, exatamente para discutir como seria essa volta nas escolas particulares em todo o Estado, assim como já haviam sido feitas outras reuniões anteriormente, para se tentar chegar a um consenso sobre o protocolo. Então, se é só voltar em setembro, porque se faz esse anúncio agora, com mais de 70 dias antes desse retorno marcado para 8 de setembro?”, relata o texto assinado pelo presidente do Sieeesp Benjamin Ribeiro da Silva.

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Eles afirmam que são responsáveis por 2,4 milhões de alunos (24% dos estudantes de todo ensino básico do Estado) em 10 mil escolas, cuja maioria atende hoje às famílias das classes C, D, e E e é de pequeno porte. “A escola particular já vem se preparando não é de hoje: é desde o início da pandemia. Por isso, está pronta para adotar todos os procedimentos de segurança, higiene e saúde; já tem o seu protocolo devidamente discutido e elaborado por especialistas e médicos, com certificação de equipamentos, o qual segue estritamente todas as normas e regras oriundas da OMS, autoridades de Saúde e Educação, e que está tornado público em nosso site. E, inclusive, com um porcentual de 20% de alunos no presencial, menor do que o anunciado hoje, de 35%. Além disso, a escola particular não pode ser culpabilizada e nem ser refém do demorado tempo das redes públicas estaduais e municipais, que ainda não estão preparadas para promover a volta dos seus alunos à sala de aula.Nem por isso deixamos de ter competência e capacidade para que sejam tomadas todas as providências necessárias para uma volta segura. Mas não ao custo de sermos obrigados a ficar atrelados ao ensino básico estatal”, encerra a nota.

Lamentou
A Secretaria de Educação do Estado de SP lamentou as colocações do SIEES-SP, uma vez que realizou quatro videoconferências, juntamente com a Abepar e equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para construção dos protocolos apresentados pelo Secretário Rossieli Soares na coletiva desta quarta-feira (24/6). 

“A crítica do SIEESP sobre a data de retorno prevista, anunciada para 8 de setembro, está pautada apenas em interesses próprios e econômicos, enquanto o Governo de SP planeja este retorno pautado em medidas de contenção da epidemia, atendendo aos interesses da população e sem colocar nenhuma vida em risco. Somente quando todas as regiões do estado permanecerem na etapa amarela – a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos é que será possível reabrir as escolas. A definição da volta às aulas presenciais no Estado de São Paulo acontecerá sempre pensando em proteger e salvar vidas”, informou a Secretaria .

Matéria atualizada às 10h58 de 25/06