Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A prefeitura de Santos vai aguardar até esta quarta-feira (9) pela suspensão das restrições de horários de atendimento do comércio por parte do governo do estado. Caso a determinação não seja revogada, o município tomará a iniciativa de ampliar os períodos de funcionamento dos estabelecimentos por conta própria.

O objetivo é evitar aglomerações, desde que haja rigor na fiscalização do limite de 40% da capacidade de clientes de cada recinto, em função da pandemia do coronavírus.

De acordo com o “Plano São Paulo” de flexibilização da economia, elaborado pelo governo estadual, nas regiões que se encontram na fase amarela – caso da Baixada Santista –, lojas, bares, restaurantes e outros pontos comerciais devem abrir somente por dez horas diárias, até as 22 horas.

“Discordamos de algumas medidas porque não consideramos adequadas. Limitar horário não contribui em nada. Entendemos que essa redução estimula a aglomeração. Em vez de diluir, acabamos concentrando”, declarou o prefeito, duramente live, neste domingo (6).

Ele ressaltou que o posicionamento do município está baseado em análises de técnicos da rede municipal de saúde. “Ouvimos nossos profissionais da prefeitura e entendemos que, em Santos, essa limitação não vai funcionar”, explicou.

A extensão dos horários de atendimento ao público é defendida também pelo infectologista da rede municipal Marcos Caseiro.

“No que se refere ao fim do ano e ao fluxo das pessoas no comércio, me parece muito mais sensato justamente a ampliação dos horários. Associados ao bom-senso dos comerciantes, conseguimos que as pessoas tenham um espaçamento maior de tempo para frequentar os estabelecimentos, evitando a aglomeração”, avalia.

Caseiro ressalta, também, a importância da manutenção de outras medidas de prevenção ao contágio. “Com número limitado de pessoas, respeitando as normas de distanciamento social, com utilização de máscara e álcool em gel, para que não ocorra uma disseminação do vírus da Covid-19 nesse período”.

Prazo

Barbosa estipulou prazo para reversão do protocolo. “Se nenhuma medida for tomada nas próximas 72 horas pelo governo do estado, vamos ampliar os horários de funcionamento no âmbito municipal e discutir isso em juízo”.

Barbosa, que também preside o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), anunciou que convocará, ainda nesta semana, uma reunião extraordinária do órgão para deliberar sobre o assunto na região.