Foto: Divulgação/PMS

A crise na saúde pública em consequência da pandemia da Covid-19, que resultou em rede hospitalar à beira do colapso e aumento no número de mortes, provocou reflexos no crescimento dos óbitos por doenças respiratórias e cardíacas aceleradas pelo coronavírus.

Santos completou o “ano da pandemia” com quase 6 mil mortos, número recorde desde o início da série histórica “Estatísticas do Registro Civil”, em 2003.

Os números do “ano da pandemia” constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real por nascimentos, casamentos e óbitos contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Esses dados são cruzados com informações do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

As mortes registradas nos Cartórios de Santos no “ano da pandemia”, no período de março de 2020 a fevereiro de 2021, chegaram a 5.577, 1.518 a mais do que a média dos mesmos períodos, desde 2003. Em termos percentuais, significa crescimento de 37,3% de óbitos em relação à média histórica.

No estado

O estado de São Paulo fechou o “ano da pandemia” com quase 370 mil mortos, número recorde desde o início da série histórica. O período de março de 2020 a fevereiro de 2021 totalizou 368.533 óbitos, 99.071 a mais do que a média dos mesmos períodos, desde 2003. Em termos percentuais, significa um crescimento de 36,7% de óbitos em relação à média histórica.

As mortes registradas nos meses de 2021 ainda podem aumentar, assim como a variação da média anual e do período, pois os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.