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Além de ter sido um desastre no combate e prevenção à Covid-19, o governo de Jair Bolsonaro (PL), que desde o início da pandemia negou a existência do coronavírus, também impôs atraso ao acesso à medicação eficaz contra o vírus. 

Autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o remédio Paxlovid, produzido pela Pfizer, já deveria estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, o Ministério da Saúde emperrou nas tratativas com a farmacêutica. 

O governo Bolsonaro encomendou até este momento apenas 100 mil doses do medicamento produzido pela Pfizer para ser distribuído em toda a rede do SUS, ou seja, quase ninguém terá acesso ao remédio. 

Além de escasso no SUS, o Paxlovid chegará às prateleiras das farmácias brasileiras custando R$ 2.700. Dessa maneira, apenas os ricos do Brasil terão acesso ao remédio que é comprovadamente eficaz contra a Covid.

Cabe destacar que o Paxlovid foi aprovado em março pela Anvisa. No entanto, o governo Bolsonaro segue em uma tratativa interminável com a farmacêutica. 

A Pfizer já declarou que tem “capacidade de produção suficiente para atender às necessidades brasileiras”. 

Ao UOL, a Pfizer declarou que trabalha para disponibilizar o medicamento “o mais rápido possível” à rede privada, mas não forneceu data ou preço. 

O tratamento com o Paxlovid, cuja eficácia é estimada em 89%, dura cinco dias. Nos EUA o remédio custa US$ 530 (R$ 2.700) e na França sai por R$ 2.800. 

Com informações do UOL. 

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).