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A Receita Federal resolveu destruir 2,5 milhões de máscaras de proteção contra a Covid-19, que estão armazenadas em três contêineres no Porto de Santos, de acordo com reportagem de Italo Nogueira, na Folha de S.Paulo.

A importadora responsável pelo equipamento desistiu de retirá-lo do porto, por causa da queda no preço. Ela defende que as máscaras, produzidas na China no modelo KN95, sejam doadas. Porém, a Receita decidiu destruí-las.

A Receita havia pedido para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inspecionar a mercadoria. A agência disse que as máscaras não atendiam à Resolução 379 de 2021. Por isso, não deveriam ser disponibilizadas ao consumo ou comercialização.

Entretanto, a resolução trata, apenas, dos requisitos a equipamentos para uso em serviços de saúde, não para proteção individual em outros locais. Isso quer dizer que o material poderia ser usado em ambientes não hospitalares.

A sigla KN95 é o equivalente chinês ao PFF2 brasileiro ou N95 norte-americano, que, em tese, são próprias para a utilização de profissionais de saúde.

Menos vedação

Porém, o produto chinês tem elásticos que prendem na orelha, o que pode diminuir a vedação. Além disso, existem vários casos de falsificação do selo.

A legislação autoriza a Receita a doar, leiloar e devolver produtos que fiquem nos postos alfandegários. A última opção é a destruição, justamente a escolhida.