Emanuela Medrades, da Precisa - Foto: Pedro França/Agência Senado

Pivô de um dos principais casos investigados pela CPI da Covid, a Precisa Medicamentos recebeu cerca de R$ 9,5 milhões de clínicas privadas como “sinal” de 10% da compra das vacinas Covaxin, que nunca foram entregues.

Segundo informações de Natália Portinari e Julia Lindner no jornal O Globo desta quarta-feira (21), Algumas empresas já teriam buscando ressarcimento do dinheiros já que o prazo contratual estipula que os imunizantes seriam entregues no mês de abril.

Em fevereiro, o governo fechou contrato com a Precisa para compra de 20 milhões de doses da Covaxin a um custo de R$ 1,6 bilhão.

O contrato, que foi suspenso por descumprimento de seus prazos, está sob investigação da CPI e do Ministério Público Federal (MPF). No caso do governo, o pagamento não chegou a ser efetuado.

Valores

Às empresas privadas, a Precisa ofereceu a dose da vacina partir de US$ 32,71, mais que o dobro dos US$ 15 contratados pelo governo Jair Bolsonaro.

Até hoje, a vacina não foi aprovada para uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o projeto que previa a compra de vacinas por empresas privadas não foi aprovado pelo Congresso.