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Os dados do avanço da ocupação hospitalar em Santos, por pacientes com quadro do novo coronavírus, poderão ser consultados a qualquer momento na plataforma Monitoramento Santos Covid-19. 

O acesso à nova informação, entre outras também disponibilizadas, é um aperfeiçoamento do sistema lançado pela prefeitura no dia 23 de abril, que apresenta, por meio de gráficos, várias estatísticas oficiais relacionadas à doença na cidade.

Os dados, atualizados em tempo real, apontam, até agora, ocupação de 72,8% dos leitos de UTI adulto e de 38,9% de leitos clínicos, considerando as redes SUS e particular.

As novas informações foram transmitidas durante a segunda reunião do Monitoramento Santos Covid-19, neta quarta-feira (6).

“A plataforma mostra que, do total de leitos em Santos, temos atualmente cerca de 48% utilizados. Na UTI particular, a ocupação é de quase 84%. São dados que nos preocupam bastante. É importante disponibilizarmos, porque damos transparência às informações, ao mesmo tempo em que são um termômetro para as nossas ações de atendimento aos pacientes”, declarou Fábio Ferraz, secretário de Saúde da cidade.

Ele se referiu ao Plano de Contingenciamento Hospitalar, que prevê um total de 530 novas vagas destinadas, apenas, a casos da Covid-19, e que serão disponibilizadas conforme a necessidade. “Daí a importância do acompanhamento das ocupações hospitalares em tempo real. À medida que ela for apontando avanço na ocupação, vamos abrindo novos leitos”, disse Ferraz.

Outros dados

A plataforma, que apresenta dados apenas de residentes de Santos, também passou a disponibilizar informações, como tipo de internação dos casos confirmados (SUS, particular ou até mesmo sem internação), distribuição de óbitos por faixa etária (atualmente com 32,8% de pessoas entre 80 a 89 anos), por sexo (63,9% são homens), casos confirmados por data de início dos sintomas, número de altas hospitalares e comorbidades presentes nos casos confirmados da doença (diabetes aparece com 25,8%), além de um gráfico sobre os sintomas prevalentes nos pacientes.

“Podemos traçar estratégias importantes, porque há muitos sintomas que se confundem com outros e o diagnóstico da Covid-19 pode se confundir com dengue ou gripe”, explicou Ana Paula, detalhando alguns sinais apontados pelo gráfico da plataforma, como tosse seca (23,2%), febre não muito alta (20,9%) e desconforto respiratório (13%) como os principais.

“Mas há também perda de paladar, olfato, dores abdominal e torácica, náusea, enjoo. Esse monitoramento em tempo real e a testagem são ações importantes para termos a real condição dos pacientes”, acrescentou.

O sistema oferece, ainda, distribuição de casos confirmados por bairro, sexo e faixa etária, coeficiente de incidência (casos confirmados por um milhão de habitantes) e a taxa de letalidade (proporção de mortes por casos confirmados), incluindo comparações com a cidade de São Paulo (Capital), Estado de São Paulo, Brasil e Mundo.

Insumos e aparelhos

Na ocasião, foram abordadas as ações da Comissão Especial de Fiscalização e Transparência das Contratações para o Enfrentamento do Coronavírus, que, semanalmente, emite relatório sobre aquisição de insumos e aparelhos para envio ao Ministério Público. 

O objetivo é dar mais transparência aos gastos do Município durante a pandemia e ajudar nas negociações por produtos de qualidade pelos menores custos possíveis.

O encontro contou com a participação presencial do secretário de Saúde, Fábio Ferraz; do secretário adjunto Valter Makoto; Ana Paula Valeiros, chefe Departamento de Vigilância em Saúde de Santos; e do vereador Rui de Rosis, que coordena a Comissão de Fiscalização e Transparência Contratações Covid-19.

O encontro também contou com a participação dos demais participantes da comissão: a vereadora Telma de Souza, representando a Câmara; Ana Beatriz Soares, representando a Associação Paulista de Medicina – Santos; Roberto Luiz Pardini Almeida, em nome da Ordem dos Advogados do Brasil – Santos; Eduardo Luiz Mathias Maccheri, do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis da Baixada Santista (Sescon); e Marcio Calves, diretor-executivo da Associação Comercial de Santos (ACS).