Nelson Teich e Eduardo Pazuello - Foto: Júlio Nascimento/PR

Nelson Teich, ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, usou as redes sociais, nesta sexta-feira (25), para discordar dos dados oficiais sobre as mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil.

Ele afirmou que, até o momento, cerca de 230 mil pessoas perderam a vida em consequência da doença, número bem superior aos 190 mil divulgados pelo Ministério da Saúde. Ele credita a diferença às subnotificações.

“Estamos atualmente com cerca de 230 mil mortos pela Covid-19 e os números crescem de forma significativa. Como aconteceu no início da pandemia, não é possível saber onde esses números vão chegar”, tuitou Teich.

“A Covid-19 é a pior pandemia que o Brasil já viveu, ela é mais grave que a Gripe Espanhola. O Brasil marcou ontem, dia 24 de dezembro, 190 mil mortes. Se incluirmos nesse número as mortes subnotificadas, que conservadoramente representam 20% do total atual”, postou.

Ele defendeu a necessidade da vacinação. “Esses números mostram como a situação é grave, difícil e incerta. Essa situação demanda que as pessoas se cuidem cada vez mais até que uma solução chegue e essa solução da Covid-19 depende das vacinas e programas de vacinação eficazes. Felizmente essa realidade parece próxima”.

Dança das cadeiras

Teich foi ministro da Saúde entre os meses de abril e maio. Ele substituiu Luiz Henrique Mandetta. Ambos deixaram o cargo por não concordarem com Jair Bolsonaro em relação à condução da política de combate ao coronavírus.

Em lugar de Teich, o presidente escolheu um militar, que não tem nenhuma formação na área da Saúde: o general Eduardo Pazuello.