Divulgação/Unesp

O Governo de São Paulo confirmou nesta terça-feira (16) que já foram realizados em todo o estado pouco mais de 602 mil testes para identificação do coronavírus em pacientes com suspeita de COVID-19. A meta para as próximas semanas é ampliar ainda mais o número de exames e triplicar o volume de diagnósticos em todo o território estadual.

A Secretaria da Saúde confirmou 602.384 exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por laboratórios e hospitais privados. Até o dia 15, foram testados 525.666 pacientes com sintomas leves de síndromes gripais e outras 76.718 pessoas internadas com suspeita de COVID-19. São Paulo registrava 181.460 casos confirmados da doença até a última segunda.

A testagem em massa é um dos mecanismos mais importantes para reduzir a velocidade de contágio do coronavírus. Assim que o paciente é diagnosticado como caso positivo, ele é isolado e também há monitoramento das pessoas com quem teve contato, permitindo a checagem de novos casos suspeitos com o surgimento de sintomas como tosse seca, febre e falta de ar.

“Nós continuamos investindo na ampliação da testagem. Estamos distribuindo 250 mil kits para que os municípios aumentem o volume de pacientes testados. Isso é importante porque fortalece medidas de vigilância, isolamento e monitoramento”, disse Paulo Menezes, Coordenador do Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.

“Acreditamos que, nas próximas duas semanas, o volume de testes PCR [exame com coleta de amostras no nariz e na boca] na nossa rede laboratorial vai aumentar significativamente. Nossa perspectiva é que triplique o número de testes por dia dedicados ao SUS nas próximas semanas”, acrescentou Menezes.

Coordenador Executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, João Gabardo explicou a importância de diferenciação entre os resultados de exames do tipo PCR e os chamados testes rápidos, que são feitos geralmente com a coleta de uma pequena amostra de sangue.

O primeiro serve para confirmar ou não se a pessoa está com o coronavírus, enquanto que o segundo serve para determinar se o paciente já foi contaminado no passado e agora possui anticorpos contra o organismo causador da COVID-19.

“O teste rápido tem utilidade completamente diferente. Ele serve para identificar se a pessoa no passado teve contato com o vírus e se está imunizada, se criou anticorpos. Quem faz o teste rápido e dá negativo significa que ainda não teve contato com a doença e não tem anticorpos. Ele ainda pode adquirir o coronavírus e transmitir para outras pessoas”, completou o médico.