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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, na tarde desta quarta-feira (7), durante coletiva de combate à pandemia do coronavírus, a criação do programa “Bolsa do Povo”, que deve pagar até R$ 500 por pessoa e atingir meio milhão de paulistas.

Doria, ao anunciar o programa, fez questão de destacar que se trata do “maior programa social da história de São Paulo”. E também ressaltou que seu governo, “ao lado do enfrentamento da pandemia”, também trabalha pela “preservação da vida e da obediência à ciência”.

“Nós estamos acompanhando o crescimento acelerado da pobreza, da miséria, da vulnerabilidade em São Paulo e no Brasil e um governo responsável segue dando atenção à saúde e à vida, mas também ao alimento. Por isso, a criação do programa ‘A Bolsa do Povo’ de São Paulo”, declarou Doria, em clara provocação ao governo federal, que, nesta terça (6), começou a pagar a primeira parcela da nova etapa do Auxílio Emergencial no valor de R$ 250.

O “Bolsa do Povo”, segundo o tucano, “vai beneficiar até meio milhão de pessoas direta e indiretamente com repasses que chegam a R$ 500 por pessoa. Investimento de R$ 1 bilhão”, destacou o governador, que deu ênfase ao recebimento do valor por pessoa, pois, no programa federal, a pessoa sozinha vai receber apenas R$ 150.

Contratações

Para atingir 500 mil pessoas, o programa vai contratar 20 mil mães e pais de alunos das escolas públicas de São Paulo, que irão trabalhar na rede de ensino onde os seus filhos estudam. Não foi especificado que tipo de atividade eles vão executar nas escolas.

Além disso, os programas sociais do estado de São Paulo serão todos unificados em torno do “Bolsa do Povo”. Os valores e o número de beneficiários vão aumentar. Dois tipos de cartão serão disponibilizados às pessoas do programa: um físico e um digital, este para ser usado por aqueles que têm celular.

Doria afirmou, ainda, que vai enviar, na tarde desta quarta, o projeto de lei que cria o “Bolsa do Povo” e que acredita que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai aprová-lo de maneira rápida.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).