Frascos de Itolizumab Foto: Granma

POR REVISTA FÓRUM

A pandemia do coronavírus tem feito de Cuba um dos países mais destacados do mundo, não só pelas brigadas de médicos enviadas a mais de 60 países, como também pelos medicamentos que seus cientistas tem desenvolvido para enfrentar a covid-19 – infecção causada pelo vírus.

As novas drogas apresentadas pelos pesquisadores do CIM (Centro de Imunologia Molecular de Cuba) são o Itolizumab e o CIGB-258.

O Itolizumab é um anticorpo monoclonal geralmente utilizado para o tratamento de linfomas e de casos de leucemia. Por sua vez, o CIGB-258 é um peptídeo usado em casos de artrite reumatoide.

Segundo as autoridades de Saúde cubanas, ambos os medicamentos passaram a ser usados em pacientes com covid-19 a partir de abril, e ajudaram a reduzir significativamente o número de mortes.

A explicação para esse resultado, segundo os cientistas, é que eles atuam impedindo a chamada “tempestade de citocinas”, efeito provocado pelo coronavírus no sistema imunológico e que é o que causa os casos graves da doença, e que pode levar à morte.

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, comemorou o resultado as descobertas científicas do seu país, e enfatizou o trabalho dos pesquisadores que trabalham “com as limitações que o embargo econômico nos impõe, e mesmo assim são capazes de resultados como este”.

“A maioria dos pacientes que chegam a estado crítico estão morrendo. Em Cuba, com o uso dessas drogas, 80% das pessoas em estado crítico ou grave estão sendo salvas”, declarou o mandatário, em reunião exibida pela televisão estatal cubana, nesta quinta-feira (21).