A ONG Rio de Paz estendeu lenços brancos em Copacabana em memória das vítimas da Covid - Foto: Reprodução/TV Globo

O Brasil, sob os desmandos de Jair Bolsonaro, ultrapassou, nesta sexta-feira (8), a marca dramática de 600 mil mortes desde o início da pandemia do coronavírus. O consórcio de veículos de imprensa divulgou, no início da tarde, um boletim extra para informar que o número de vítimas fatais da Covid-19 chegou a 600.077. Os casos confirmados são 21.893.752.

O elevadíssimo número de óbitos é alcançado em um momentoem que a pandemia está em desaceleração no país.No entanto, o fato não tira a responsabilidade do governo federal pela péssima condução das políticas de combate à propagação do vírus.

A comprovação é que o Brasil ainda é o terceiro país no mundo com a maior média diária de mortes, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.

O país também mantém a marca de ser o que mais registrou vítimas fatais do coronavírus em 2021 no mundo: até o momento, foram contabilizadas 405 mil mortes por Covid-19 neste ano, mais do que Estados Unidos e Índia e quase o mesmo que todos os 27 países da União Europeia somados.

Homenagem

Nesta sexta, data em que o Brasil bateu a triste marca de 600 mil mortos em decorrência da Covid-19, a ONG Rio de Paz promoveu um ato em homenagem às vítimas da doença e em protesto à postura do governo Bolsonaro com relação à pandemia.

A entidade colocou 600 lenços brancos na praia de Copacabana simbolizando as vidas perdidas. O ato aconteceu pela manhã, na faixa de areia, em frente ao hotel Copacabana Palace.

“Houve um morticínio no Brasil: 600 mil mortos pela Covid-19. Se queremos tirar alguma lição dessa espantosa perda de vidas para que sofrimento como esse não se repita no nosso país, precisamos responder a uma pergunta central: quem são os responsáveis por esta tragédia?”, questiona o presidente da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.

“Três palavras sintetizam os erros cometidos pelo Governo Federal, principal responsável por estatística que nos põe no topo do número de óbitos no mundo: incompetência, irresponsabilidade e insensibilidade”, emenda.